sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Eficiência dos serviços

Ontem eu estava no telefone publico, telefonando para casa. Depois de quase meia hora falando, caiu a linha, por problemas no voip, em casa. Quando estava saindo da cabine telefonica, chegou um senhor, pedindo para usar o telefone. Deixei, claro, ate por que ja tinha desligado. Achei ele um tanto afobado e assustado, mas tudo bem.
Fiquei perto da cabine telefonica uns instantes, testando o GPS, quando, uns dois ou três minutos depois de desligar, chegou um carro de policia. O senhor do telefone, com cara de assutado, correu e mostrou a direcao aos policiais. Chegou em seguida outro carro da policia. Perguntei entao ao senhor o que estava acontecendo. Ele falou que tinha um homem segurando uma mulher, no chao e, quando ele viu isso, resolveu chamar a policia.
Fiquei conversando com ele por uns 15 minutos, quando apareceu o policial perguntando se havia sido ele quem chamara policia. Ele confirmou e disse que nao queria se identificar. O policial nem pediu isto, aqui voce nao e obrigado a fazer isto para solicitar um servico de emergencia.
O policial entao explicou o que acontecia com o casal: a moça achou um papel na carteira do rapaz, com o telefone de uma mulher. Ficou "louca" e começou a tentar bater nele, e ele, tentava segura-la. Problema de ciume, segundo o policial, minimizando o problema. O senhor entao disse que chamou a policia porque achou que podia ser algo grave, ao que o policial respondeu que ele fez a coisa certa, agradeceu(!) e foi embora.
Imaginei que, entao, a policia iria embora, estava tudo "resolvido". Enganei-me. Passei pela rua quase uma hora depois, e ainda haviam duas viaturas fazendo o B.O. e outros procedimentos.
Segundo contam aqui, se alguem denuncia uma briga de casal, a policia vai (e tem poderes para invadir a casa se necessario), e, vendo sinais de agressao, nao adianta a mulher falar que "nos nos acertamos, esta tudo bem!". Vai ser tudo averiguado e, sendo o caso, irao ate prender.
Incrivel a eficiencia da policia. Ate me assustei, foi muito rapido. Isto que estou num bairro bem longe do centro, quase divisa com outra cidade. Infelizmente nao tenho fotos disto, estava sem a maquina. Nunca mais saio sem ela!
OBS: Estou usando agora um teclado em frances, por isto estou com problemas de acentuacao. Corrijo assim que puder.

Estádio Olímpico

O Estádio Olímpico faz parte de um complexo criado para as olímpiadas de 1976? O prefeito da época queria uma obra grandiosa, que marcasse a cidade. Com uma torre de 175 metros de altura, onde pode-se ver toda a cidade, grandes eventos ocorrem aqui.
Ao lado, fica o biodome. É mais que um zoológico, mas falarei num próximo tópico. Ainda não fui lá!
Desci na estação Pie IX (tem brasileiro falando Pi-ics!), que sai direto na bilheteria do estádio. Para chegar à torre, tem que ir pelo lado de fora. Lado de fora, mas coberto. Chega-se à bilheteria, paga-se a bagatela de Can$ 14,00, e sobe-se no funicular.
Chegando lá em cima, a vista é linda. Pena o dia estava meio chuvoso. A umidade prejudica a qualidade das fotos. O fotógrafo também, mas a umidade é o pior.
O passeio foi rápido, só tive meia-hora para ficar lá em cima, pois estava fechando a visitação. Se tivesse ido mais cedo pagaria mais barato pelo pacote de visitação do biodome e da torre. Mas eu não podia faltar à aula, então... mais cinco dólares voando.
De qualquer forma, valeu a pena, também!


O biodome, com a torre do Estádio ao fundo.


As pirâmides, que eram alojamentos dos atlétas, e agora são apartamentos residenciais.


A vista da cidade, e do Mont Royal.




Eu! e a torre do Estádio ao fundo.



O rio São Lourenço. No meio, a ilha Redonda,
e o parque de diversões La Ronde.
À esquerda, depois do rio, a cidade de Longueil.


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Acabou-se o que era doce

Dizem que alegria de pobre dura pouco. E é verdade. A internet ,que algum vizinho disponibilizava gentilmente, não funciona mais. Existe, está lá, mas não funciona. Pelo menos para mim. É angustiante saber que ela está lá, sendo sub-utilizada (link de 6Mb/s), e não é possível conectar.
Enquanto isso, fico sem atualizar o blog com menos freqüência. Mas farei o possível para fazê-lo sempre. Deixarei os textos e fotos prontos em casa, e, quando for a algum dos muitos lugares que possuem internet sem fio gratuita, faço a atualização.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Angrignon

Todo dia pego o metrô. Primeiro a linha laranja e depois a verde. Isto na ida. Na linha verde, pego em direção à estação Angrignon, a última estação desta linha. Nesta direção, claro.
De tanto ver o nome Angrignon, todo dia, resolvi descobrir o que é o tal Angrignon. Rua, avenida, praça? Não, um parque. Um grande parque. Não gigante, mas grande. Daqueles com um pequeno lago, algumas mesinhas para piquenique, muita área verde... Bonito. Mas não é um dos preferidos daqui. Não é como o Mont Royal. Mesmo assim, achei interessante.
Ao sair da estação, podemos ir para um terminal de ônibus, uma avenida, o estacionamento do parque, ou para o parque. Um em cada direção.
O estacionamento do parque estava lotado. Estranhei, mas fui conferir o parque. Não havia muita gente. Passeei um pouquinho, e, na volta, entendi. Havia chegado um metrô. Muita gente saindo da estação e indo em direção aos carros. Já era perto das 5 horas ( o horário de pico aqui é entre 5 e 6 horas).
Quem mora mais afastado, ou em alguma cidade vizinha, vai de carro até esta estação, pega o metrô e vai trabalhar. Na volta, está lá o carro, e sem flanelinha que "cuidou" do carro. Muito mais barato e menos estressante do que atravessar ou ir para o centro.

O estacionamento lotado.


Um pedaço do parque.



Churrasquinho no parque com a família,
no domingão, é uma boa!
Ei! Hoje é segunda-feira!

domingo, 23 de setembro de 2007

Parque Mont Royal

Hoje fui ao parque Mont Royal, que, é claro, fica no monte que deu nome à cidade. Primeiramente, pensei em ir à pé, mas o pessoal que estava comigo disse que era melhor ir de ônibus. Não discuti. Ainda bem.
O ônibus começa a subir e já percebo que fiz bom negócio. Até porque com o passe do metrô não pago ônibus também.
Depois de muito subir, chegamos a um estacinamento grande, onde tem um belo gramado e uma casa, muito bonita, que é o centro de infomações turísticas. E também lanchonete, loja de lembrancinhas e banheiro, claro.
Procuramos o caminho para o tal chalé que tanto ouvi falar, pois é de lá que se tem a melhor vista para a cidade. Realmente. A vista é linda, da para ver toda a cidade, e mais um pouco. O monte fica bem no meio da cidade. É engraçado, pois a cidade é praticamente plana, com aquele monte no meio.
Andamos mais um pouco, vimos a cruz, que já ouvi falar também, e depois fomos embora. Foi um passeio que valeu muito a pena.


O chalé. Imaginei um chalézinho, mas é isso aí.





A cidade vista de cima.





A tal cruz que existe lá no Mont Royal.


O estádio olimpico ao lado da minha cabeça. Ainda vou lá!

Portais Dimensionais

Desde que cheguei em Montreal tenho tido problemas para me localizar. Nunca me ocorreu isto antes, no Brasil. Perguntei aos colegas da escola, todos disseram que o mesmo ocorre com eles. Quando vou pegar o metrô, por exemplo, sempre acho que a direção correta é uma, mas é outra. Ainda bem que tem farta sinalização!
Quando cheguei aqui, a primeira coisa que vi no centro foi uma praça na saída da estação Berri-UQAM. Muito bonita a praça (já fiz comentário sobre isto). Bem, outro dia, resolvi ir a pé da escola até esta praça. Fica há uns 2,5 quilômetros da escola. Estava caminhando, observando as coisas, caminhando, vendo as vitrines das lojas, caminhando, e, de repente, chego à tal praça. Até aí não tem nada de anomal, aparentemente. Mas tem! A praça estava do outro lado da rua!
Para ter certeza, hoje peguei o metrô até a dita praça. Voltou para o lado normal. Então comecei a concluir que em cada estação do metrô existe um portal dimensional, que liga a um mundo paralelo, mas com as direções trocadas. Até agora não encontrei outra explicação para o fenômeno que ocorre, e não é só comigo...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

É, não tem como escapar, está chegando...

Achei que podia escapar, ou podia adiar... mas não tem jeito. Os sintomas apareceram já. Num dia, tudo normal, no outro, os sinais. Um dia chove, outro esquenta, daí faz frio, chove, esquenta de novo. É o sobe desce de temperatura da mudança de estação.
E as árvores, os bordos (aqui chamam de érable), mudando de cor. E é questão de dias! Domingo, todo verde. Terça, algumas folhas caindo, outras amarelando. Agora já estão ficando vermelhas. Em uma semana!
É, não tem jeito, o outono está chegando! Mas com ele, a beleza da estação!




Folha de bordo caída no chão. Ontem.




Mais das folhas espalhadas pelo chão. Hoje.



Bordo, já avermelhado. Primeio que vi assim.
Outros ainda estão verdes. Ou quase...

Tudo dentro da normalidade...

Primeiramente quero dizer que vou mudar de estilo. Vou fazer tópicos menores, assim fica mais fácil para mim e, acredito, para quem está lendo também.

Hoje foi um dia de muita caminhada. Olhando no mapa, tudo é perto. Olhando as novidades, a gente anda sem perceber e, quando vê, já foram mais de 6Km.
Nesta minha caminhada, tirei algumas fotos e fiz um vídeo, para mostrar que aqui está tudo normal. As pessoas continuam passeando, trabalhando, vivendo. Sem se preocupar com coisas que não deviam mesmo se preocupar. Olhando as fotos, pode-se entender do que estou falando.



Concessionária Ferrari e Masserati, no subúrbio.
Sim, os carros expostos fora da loja são Masseratis e Ferraris.




Esta casa fica no caminho do ponto de ônibus.
Este é num bairro perto da divisa com outra cidade.
E este carro dorme sempre para o lado de fora. Normal...




Embaixo de um viaduto. Estacionam o carro aqui sem problemas.
Pedestres passam por aqui, normalmente. Afinal, é uma rua
como qualquer outra. Normal...



A moça estava com sono, foi dormir no parque, no antigo porto.
Qual o problema de se fazer isso? Aqui, normal...






Hoje estava muito quente mesmo.
Fechar a capota do BMW e ficar um forno dentro do carro?
Só porquê está numa das principais ruas? E porquê não tem ninguém cuidando?
Claro que não! Normal..





Não quis ficar 2 horas filmando a esquina,
igual bobo. Mas da para ter uma idéia dos carros
esperando o pedestre, sem reclamar... normal!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Viagem à Cidade de Quebec

Chegamos a Quebec as 20:00. De repente estavamos dentro da cidade, e sem a mínima noção da direção para onde deveríamos ir. Paramos em alguma rua menos movimentada, demos uma olhada no mapa, e fomos procurar um albergue para dormir.

No primeiro, lotado. Indicou outro. Lotado. Hotel então. O primeiro caro. O segundo, caríssimo. Para nossos bolsos, claro.

Achamos um, finalmente, com bom preço e bem localizado. Só não servia café da manhã.

Ficava perto do bairro latino, na parte alta da cidade. Muito bom lá, tem muitos bares, restaurantes e lojas de produtos para turistas.

Fomos entao dar uma volta pela cidade para conhecer algo, aproveitar o tempo. Andamos, andamos... muito bonita a cidade à noite. Muita gente na rua, mas quase não via-se carros depois das 22:00. Muita gente para os padrões da cidade, para nossos padrões, vazia.

Logo em seguida, passando por uma das ruas principais, vimos um carro de bombeiros, duas ambuâncias e três viaturas da policia, fechando a rua. Acidente. Imaginei logo a cena, gente gritando, mortos, carros destruídos. Nada. Ou quase nada. Um dos carros só quebrou o vidro da porta do passageiro, onde o outro bateu. Mas o estrago não foi grande. Em Curitiba, estacionariam o carro e resolveriam o que fazer.

Contei depois para o pessoal da casa, aqui, e descobri que é sempre assim. Quando ocorre um acidente de trânsito, tenham vítimas ou não, vem bombeiro, polícia e ambulâncias. E todos os ocupantes dos veículos envolvidos são examinados, para ter certeza que está tudo bem. Interessante como são eficientes nesta área.

No outro dia, primeiro o café da manhã, em um daqueles restaurantes típicos. Ovos, pão, bacon, batatas fritas (sempre tem). Muito bonito e agradável o local.

Então fomos andar pela cidade, conhecemos o Château Frontenac (por fora), o Terrace Dufferin, o muro da cidade antiga, e outras coisas mais, tudo muito bonito. O château é um hotel, enorme, que emprega mais de mil funcionários.

Depois fomos a um "bureau d'informations turistiques". Esperava um quiosque. Que nada, enorme, cheio de livretos e folders, com senha para ser atendido. E, mesmo com fila, atendido rápido. Parecia um banco, cheio de guichês.

Rumamos então para a cachoeira Montmorency. Todo mundo fala dela por aqui, por ser enorme, mais alta que o Niagara, e por ser muito bonita. É bonita, sem dúvidas, com um parque que tem uma ótima estrutura.

Então fomos para a região de Charlevoix, para ver as 7 quedas. Depois de uns 45 minutos, chegamos. Descobrimos que custava 10 dólares para cada um. E tínhamos no máximo 15 minutos, pois estávamos atrasados, precisávamos devolver o carro até às 17:00.

Resolvi não ir, mas os outros 2 queriam... então... falamos para o "cobrador" da entrada do parque que eu iria ficar no carro. Tudo certo, os outros dois pagaram, o rapaz explicou para ir com o carro por um caminho há 1 km para a frente, mais ou menos. Fui junto. Esperei no carro, em todo caso, mas ninguém foi la para verificar. Interessante como confiam nas pessoas aqui!

Muito bonita a região. Voltamos meio com pressa, por causa da hora. A estrata estava igual a volta de feriado em Curitiba. Muita gente na estrada. O pessoal mais lento, à direita. O limite é 100Km/h no máximo, mas 60Km/h no mínimo!

Viemos um pouco acima do limite, de novo. Interessante que, se você está indo a 120, e vem outro carro atrás mais rápido, ele não fica dando sinal de luz, nem colando na traseira, muito menos buzinando. Fica pacientemente esperando você sair.

Chegamos na locadora às 17:25. O prazo era 17:00, com tolerância de 10 minutos. Aiaiaiai.... fomos entregar, o senhor, imigrante vindo do paquistão, acho q simpatizou com a gente. Disse que tudo bem pelo atraso, desta vez. E que deveríamos correr colocar gasolina, pois sairia mais barato que a taxa deles. Foi o que fizemos. Não esperávamos por isso, aqui tudo é dentro do combinado, tanto que nem pedimos nada, ele que falou! O atraso custaria meia-diária a mais.










Frente do restaurante do café da manhã.













Uma rua de Québec.







Château Frontenac











Uma das entradas para a parte antiga.










Uma das muitas "carroças" para passear pela cidade.










A queda d'água de Montmorrency









Queda d'água de Montmorrency, mais perto agora.










Mais um daqueles bichos, que tem em todo canto.
No parque de Montmorrency.














Mais da praguinha...







Na região de Charlevoix.
As faixas sem árvores são para a prática de ski.






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segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Viagem à Cidade de Quebec - Ida

Foi uma viagem rápida, saí num dia, voltei no outro. Primeiro fui alugar o carro compacto, que está na foto. Saímos, pegamos a estrada. Depois de parar, dar uma volta para achar alguem, perguntar, descobrir que estavamos no caminho certo, fomos sem problemas. No começo, até uns 50 quilômetros de Montreal, não fui dirigindo. Primeira coisa que a gente percebe é que realmente, todo mundo anda com a luz acesa, mesmo durante o dia, por razões de segurança. Outra, é que todo mundo vai na pista da direita. Esquerda só para ultrapassar.
Paramos então em uma parada para viajantes, entre a pista de ida e a de volta. Muito boa estrutura. Posto de gasolina de um lado, lanchonete (limpa e com banheiro limpo) do outro. E lugares para fazer pic-nic também, com mesinhas.
Na estrada o limite é 100 Km/h. Mas é interessante. Muita gente viaja acima deste limite. A estrada é duplicada e boa.
Eu viajei a uma velocidade entre 110 e 120 Km/h, seguindo o fluxo dos carros. Daí, uma certa hora, passou um carro preto, muito rápido por mim. Uns 170 Km/h, pelo menos. Mas voltemos ao assunto da viagem.
Passei por Trois Rivières, no meio de caminho entre Montreal e Quebec. Apesar de não ter entrado, foi possível perceber que é uma cidade bonita. Até chegar lá, tem muita reta no caminho, a viagem fica monótona, apesar da bela paisagem.
Mais uns 40Km para frente, e vejo uma cena de filme: um carro da polícia no acostamento, outro carro na frente, policial com lanterna vendo a cara dos ocupantes e pedindo documentos, enquanto outro policial ficava atrás do carro com a arma apontando para o veículo parado. Não quis tirar foto para não ser eu o próximo a ser iluminado. Mas, passando pelo carro parado, percebemos que era justamente o carro que passou voando pela gente!
Bem, a viagem continuou tranquilamente. Chegamos em Quebec por volta das 20:00.



O carro compacto alugado.


Cuidado, os alces podem cruzar a pista!




A parada na estrada.




As mesinhas (ao fundo, direita) na mesma parada.

domingo, 16 de setembro de 2007

Como jogar fora R$40,00

Este tópico é bem rápido (é para ser), e é mais uma dica ao viajantes que pensam em um dia ir ao Canadá.
Se você tem R$ 40,00 pesando na sua carteira, e quer se livrar do dinheiro, vá ao posto mais próximo do Detran. Tire sua Permissão Internacional para Dirigir, que custa quase 40 reais. Aguarde uns 4 ou 5 dias para recebê-la em casa e, então, dirija-se ao Canadá (pelo menos Québec) para usá-la. Afinal, você tem a permissão, deve usá-la!
Vá a uma locadora de automóveis e solicite um automóvel qualquer. Preferencialmente um compacto. Aqui os compactos tem cambio automatico e ar condicionado. Pelo menos na Hertz.
Devem pedir sua licensa para dirigir. Apresente a Internacional. O atendente vai dizer que quer a carteira do Brasil, não o passaporte (a licença internacional parece um passaporte, quase).
Você então explica o que é aquilo, que no Canadá aquilo deve valer mais que a carteira brasileira, tratados internacionais, etc.
Então você ouve algo como "você ta querendo me ensinar!?". Aí ele puxa um livrinho onde tem as carteiras do mundo todo, e explica a internacional ninguém quer saber. Nem a polícia, segundo ele. E diz que a carteira original é bem melhor.
Imaginei um balãozinho sobre minha cabeça cheia de notas de reais com asinhas, voando para longe... lá se foi quarentão.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

BMW

Descobri bem rápido que Montreal é enorme. E não há outra maneira de se locomover fácil por aqui (e barato), se não for de BMW. Por esta razão, adquiri bem rápido minha chave do BMW.



Pega quantos ônibus e metrôs quiser, durante a válidade do passe.





Será que devolvem mesmo?



Bem, aqui, assim podemos conhecer tudo e ir para qualquer parte.
Por isso o nome:

Bus
Metro
Walk

Alguns detalhes da cidade

Agora vou mostrar e contar alguns pequenos detalhes da cidade. Para alguém pode parecer sem graça e sem novidades, mas para mim não foi. Imagino que outros possam ter o mesmo sentimento que o meu.
Primeiro, a foto abaixo: "Pare tudo!"


Esta outra é de uma rua aqui perto de onde estou hospedado. Não, não tem festa. É sempre assim, todo mundo deixa o carro na rua, mesmo durante a noite. Pelo menos enquanto não há gelo. E olhe que é um bairro bem de periferia, quase divisa com outra cidade!

Aqui ocorre um fenômeno interessante. Pode-se observar facilmente. Não tem ninguém no ponto de ônibus. De repente começa a chegar gente e, logo em seguida o ônibus. Novamente o ponto vazio. A pontualidade faz com que todo mundo possa sair de casa e chegar somente no horário certo. Assim ninguém perde tempo esperando o ônibus.
E, corrigindo o que já falei antes: os ônibus, em sua maioria, não tem degraus. Mas, devido à demanda em horário de pico, tem alguns mais antigos com degraus. A foto abaixo é do interior do ônibus. Podemos ver a máquina onde depositamos as moedas, do lado esquerdo, e também podemos perceber que o pessoal que está do lado de fora está no mesmo nível que o pessoal de dentro. Quem tem o cartão do metrô só apresenta para o motorista.Outra coisa interessante a respeito dos ônibus eu vi hoje. Um cartaz dizendo ãos passageiros que estão cientes do problema de demanda nos horários de pico, e que já estão trabalhando para resolver o problema. Que não está ao alcance do motorista fazer qualquer coisa, e pedindo desculpas pelos transtornos.


Achei curiosa a forma de construção e moldagem do concreto. Não usam folhas de compensado para isto, e sim formas de aço, que são reaproveitadas durante toda a construção e em outras depois. Evita o desperdício e a construção fica mais uniforme. Mas não tenho foto disto. Ainda. Mas tenho de um andaime. Um pouco mais seguro que os brasileiros...



Perto da escola há um complexo de escritórios com um tipo de praça entre os prédios. Podemos ver várias pessoas sentadas ali, comendo (almoçando) enquanto aproveitam um pouco do sol e conversam. Muita gente leva o almoço de casa mesmo, ou uma fruta ou algo do gênero.


E as ruas? Estão reformando ou instalando algo em uma aqui do centro. Achei interessante a espessura e o material. Acho que é mais difícil aparecer um buraco aí.



Bom, um pedacinho da parte subterrânea. Entrada de uma loja (escada para baixo).


No metrô, algumas vezes existem alguns corredores mais longos. Difícil para quem tem dificuldades de locomoção. Por isso, colocam algumas barras no caminho, para estas pessoas poderem descansar.



E por último, Place des Arts. Com a Universidade do Québec à Montreal (UQAM) ao fundo, e o pessoal aproveitando o sol da tarde. Lugar enorme, bonito, limpo. Tem um pedaço da Montreal subterrânea por aqui. No centro da cidade também.



Bom, tem muita foto ainda, mas serve já para ter uma idéia.

Dia de patinar no gelo

Terça-feira seria o dia de patinar no gelo, mas mudamos para a quarta-feira, pois conseguimos um preço melhor, e mais tempo.
Bom, mais um dia de BMW, lá fui eu. Divertido este negócio de BMW para todo lado!
Marcamos (pessoal da escola) de nos encontrar no metro Bonaventure. Esperamos até um pouco depois da hora marcada, então subimos 1 escada rolante, outra, e voilà, o rinque de patinação! Não imaginei que era tão fácil. Muita coisa assim aqui. Sai do metrô, nem precisa sair para a rua para ir em algum lugar.
Bem, pagamos, e fomos pegar os patins. "Que número?". E eu ia saber qual o número do meu sapato aqui? Tudo diferente.... falei "Bem, é o 39 no Brasil...". Na mesma hora o atendente me deu um par de patins 40,5. E serviu!
Meia-hora depois, consegui colocar e amarrar aquele treco. Tem que soltar bastante, e amarrar bem, para nao torcer o pé.
Fui para o rinque. Até chegar lá, divertido, o piso de borracha estava tranquilo para andar. Mas o primeiro contato com o gelo... quase desisti e fui embora!
A pista tem uma camada bem grossa de gelo. Cair no gelo não é tão ruim. O pior é quando cai de mal-jeito pode se machucar por cair em cima da mão ou algo assim, ou pode se cortar no gelo.
Bem, fui me agarra... quero dizer... segurando na barra de apoio dos novatos. Uma volta assim, duas, três (e os pés começando a doer)... comecei a me encorajar e a pegar o jeito da coisa. Mesmo assim, sempre andei meio perto das laterais, claro!
Foi divertido, só 2 tombos e meio, algumas peripécias de patinador profissional (não propositais, claro), a perna começou a pedir para parar. Desta vez atendi ao pedido.






O modelo não ajuda, mas o pessoalzinho para tirar foto mal. Esta foi a melhor!




Um pessoal da escola patinando. Aparece só 1/3 da pista.




Outro povo, mais pista.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

ACHEI!!

Desde o dia que cheguei aqui, queria matar uma curiosidade, conhecer a tão falada Montreal Subterrânea. Como já tinha visto muita coisa no Google Earth, tinha idéia de localização de algumas. Mas a parte subterrânea, incrível, não aparece no programa! Estes satélites antigos não tem graça...
Bem, primeiro dia, segundo dia... e nada. Até que, no terceiro dia, sem querer (no sentido de acidentalmente, claro), achei! Ao sair de uma estação de metrô, vi um tal de "cours Montreal", e gente entrando. Pensei: "no máximo vou chegar em algum lugar onde vão me pedira para sair, ou algo parecido". Entrei. Era lá mesmo! É um grande shopping, mas que você anda, anda, anda e anda. E não acaba. Pena que só puder andar uns 600 metros no primeiro dia da descoberta. No outro dia, andei mais uns 600 a 700 métros. Ainda vou fazer um passeio exclusivo para conhecer direio. Não os quase 30 quilômetros, claro, mas algum pedaço.
O interessante é que não são só corredores, como uma galeria. Passa por hotel, por shopping, por diversos lugares. Um shopping, por exemplo, você sai para a rua, como qualquer shopping, ou, no nível subterrâneo, ou seja, primeiro andar para baixo, sai já na Montreal Subterrânea.

Eles que esperem...

No primeiro dia eu havia percebido que os carros, quando vão entrar em uma rua, quase param. Achava diferente. Bom, quando fui conhecer as redondezas com o Hernst, o dono da casa onde estou hospedado, achei ele meio louco. Atravessava a rua sem olhar!
Depois, no primeiro dia de aula, percebi tinha mais gente que fazia isto. E depois ainda, fui atravessar uma rua, um carro ia entrar nesta rua. Achei que foi muito gentil a motorista que pediu para eu passar antes.
Bem, no primeio dia de aula, com a turma toda de iniciantes, fomos até a estação de metrô do lado da escola. O instrutor foi atravessando a rua sem olhar, tanto na ida como na volta. Até que uma alemã perguntou se não era prudente olhar antes de atravessar. A resposta foi simples: "aqui o pedestre tem sempre a prioridade. Se acontecer algo, a culpa é sempre do motorista".
Achei meio interessante, mas fiquei pensando, se fosse no Brasil, o cidadão iria ficar caido no chão gemendo e grunhindo "mas eu estava certo!", e com o motorista nada aconteceria.
Enfim, soa estranho para a gente que conhece outra realidade, mas é assim mesmo. Os carros param mesmo quando querem entrar numa rua, e esperam os pedestres, até poderem passar, quando ninguém mais for atravessar a rua. E ninguém atrás buzina. Nem mesmo os motoristas fazem cara feia.
O interessante é que já acostumei rapidinho com isso! fechou o sinal da rua que vou atravessar, posso ir, e os motoristas que forem virar que esperem!

Primeiro dia de aula

Segunda foi meu primeiro dia de aula. Tudo normal, teste de nível pela manhã, passeio pela escola e arredores no final da manhã... e depois aula, à tarde. A escola tem uma boa estrutura, sala com computadores, rede wi-fi para os alunos, fica bem localizada.
Levo certa de 50 minutos para chegar, entre ônibus e 2 metrôs. Mas passa rápido, ainda mais que a gente vai lendo jornal no metrô. Quando digo a gente, me refiro a quem está no metrô. Sim, muita gente. É que, na entrada dos metrôs, ficam distribuindo jornais, tipo tablóide. São 2 jornais, concorrentes. Interessante que normalmente divulgam as notícias sem emitir muita opinião. Informam, simplesmente. Bem, se são tendenciosos, são bem sutis, ao menos.

Às compras

Domingão, a tarefa foi descobrir um pouco mais da cidade e comprar um laptop.
Primeira coisa, comprar o passe semanal do metrô, 19 dólares, pode andar o quanto quiser de metrô e ônibus. Fui no "depanneur", um tipo de banca de revistas que vende de tudo e tem em todo canto.
Peguei o ônibus, depois o metrô, e desci na estação perto da escola, precisava descobrir onde ela ficava. Feito. Agora descobrir onde fica o Future Shop, ou qualquer loja do gênero. Escolhi um lado e fui andando. Liguei para casa no caminho, pedi para verem se achavam algum endereço de loja na internet. Enquanto isso, fui caminhar mais um pouco. Mais um pouco. Achei! Tanto o Future Shop quanto o McDonald's! Precisava urgente, a fome jà estava chegando e eu não tinha idéia ainda de onde comer.
Entrei, pedi um número 1 para facilitar. Não adiantou, a moça tinha que perguntar mais algo, como "para levar ou comer aqui", e outras coisas assim. Mas tudo bem, acabamos nos entendendo. Paguei (sempre me esqueço que o preço ainda não tem os impostos!), e comi tranquilo.
Estava um pouco frio neste dia, mas tolerável.
Após, fui telefonar de novo para casa. Descobri que com 50 cents, a gente fala o tempo que quiser no orelhão, nas ligações locais, mas desde que não tenha fila, claro. Aproveitei, liguei pra casa e fiquei muitos minutos falando. Enquanto isso, o tico e o teco ficavam passeando em volta da cabine telefônica. É, dois esquilos. Para mim não passam de ratos com rabos grandes e peludos.
Para comprar o laptop, outra luta. A loja é muito boa, como o setor de eletrônicos da FNAC, mas bem maior.
Pedi, fui pagar, expliquei que queria em 2 notas separadas, computador e mochila. Experimentei o Visa Travel Money, que descobri que não é vantajoso, se for utilizar para dólares canadenses.
Na hora de sair, pedi ao vendedor para abrir a caixa. Ele não entendeu muito bem, expliquei que queria ver o computador. Então ele disse, com a maior naturalidade (e educação), que eu poderia fazer isso, tinham diversas mesas no shopping, e que ele deveria dar atenção aos outros clientes. Ele realmente não entendeu que eu queria conferir o conteúdo da embalagem. Tudo bem, não iria abrir no meio do shopping. Fui pra casa, meio receoso, mas fui. Estava tudo certo. UFA!
Bom, este foi o dia que adquiri a chave do BMW. Agora vou por tudo de BMW!



O tico. Ou o teco, não sei.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Descobrindo a cidade

O ônibus funciona assim: primeiro que não tem degrau nem roleta. Nem cobrador. Você entra, deposita as moedas na maquininha ao lado do motorista e, quando chegar em 2,75 dólares, acende uma luz verde e o motorista te dá um ticket de baldeação para o metrô. Se depositar mais, azar teu, não tem troco. Igual aos telefones públicos daqui.
Perguntei ao Hernst se o ônibus demoraria muito. Ele falou que sim, por ser final de semana. Deveria demorar bastante, uns 10 minutos. Imagino este povo em Curitiba, pegando ônibus em algum bairro distante como este aqui.
Entrando no metrô, tem uma maquininha que algumas pessoas iam lá e apertavam um botão, e pegavam um papelzinho. Legal! também quero! Peguei o meu, era para fazer a baldeação pegando ônibus.
Esperando o metrô, chegou um no sentido contrário, e pude perceber algo diferente. O metrô tem Pneus! Isto mesmo, pneus!
Resolvi no caminho onde ir. Fui para a famosa rua Saint Catherine, que corta a cidade toda, e é a principal rua daqui. Parei numa estação que fica bem na metade dela.
A estação do metrô que desci era muito bonita. Ao sair, vejo uma praça, onde tinha um evento qualquer, com músicos se apresentando. O povo sentado na grama, assistindo, outros dormindo, sem problema nenhum. Passavam alguns desfilando seus iPods, outros com máquinas fotográficas, sem medo de nada.
Dei uma volta da praça, que ocupa uma quadra inteira, e depois escolhi uma direção qualquer para ir. Achei o dollarama e pizza por 0,99 dólares o pedaço. Uhuuu!!
Voltei, fui para o outro lado, nada muito diferente. Aliás, de diferente, só as pessoas. Muita gente diferente, com roupas diferentes. Ou será que sou eu o diferente aqui
Resolvi voltar para casa antes que anoitecesse, nao conhecia bem a cidade ainda, à noite iria me perder, com certeza.
Peguei o metrô, desci na minha estação, fui pegar o ticket para fazer a baldeação e percebi que tinha algo escrito na máquina. Ah, só um aviso que estes tickets não são válidos para os ônibus que servem a esta estação. O QUÊ!? Pagar mais 2,75? Não! Sou brasileiro, dou um jeito! Como estava dentro da estação, peguei novamente o metro, voltei 1 estação, peguei o ticket lá, e fui novamente para onde deveria. Tudo certo agora.
Entrei no ônibus, o motorista nem olha direito o ticket. Só para me deixar com raiva, poxa vida, tive o trabalho de voltar uma estação!
Como tinha muita gente entrando, esperei um pouco para pedir para o motorista parar e me avisar no meu ponto, pois eu nao conhecia bem ainda. Não conhecia mesmo, ele me falou que eu estava indo para o lado errado! Desci e, como "só" tinha andado 1,5 quilômetros, mais ou menos, voltei a pé, para não ter que pagar novamente. O ticket estava comigo e acho que só vale para pegar o ônibus no ponto do metrô. Fui bem rápido, pois tem tempo de validade. Tudo certo mesmo agora. Ainda bem, pois já estavam gritando para eu parar de andar, minhas pernas.




O metrô com pneus.





Uhuu!! PIZZA!!